05 setembro 2016

Momentos de reflexão: Pai e filha...



Ultimamente tenho ido muito para São Paulo, por conta de ter iniciados alguns estudos para me aprofundar melhor em minha área de atuação. Geralmente nestas idas e vindas de lá para cá, acontecem muitas coisas, mas nada de um tom relevante, que me desperte vontade de escrever. 

Nesta ultima viagem, comprei a ultima passagem de ônibus para o horário das 19:00 e segui sem muitas expectativas. Estava cansada, um pouco chateada, pois tinha passado muito tempo pensando nos problemas da vida, e apenas desejando chegar o mais rápido possível ao meu destino. 

Quando entrei no ônibus me dirigi até o fundo, pois a minha poltrona era a 46. Quando cheguei lá uma moça estava sentada e vi que tinha uma sacola grande de compras encostada na parede do banheiro, imediatamente me ofereci para trocar de lugar, já que era indiferente para mim o local do meu acento. A mulher imediatamente aceitou demonstrando estar muito grata, me disse o número de sua poltrona que era a 7 e então, após me despedir, me dirigi até o começo do ônibus novamente.  

Quando finalmente cheguei na poltrona 7, um policial me ajudou com a mala e me sentei no acento da janela ao lado de uma senhora. Atrás de mim havia uma menina de provavelmente 5 anos de idade, e seu pai. Minha viagem se seguiu com constantes chutes involuntários na poltrona vindos da criança, que conversava com o pai empolgada sobre os mais diversos assuntos do seu dia-a-dia.

Novamente, me encontrava em uma situação onde nada me chamava a atenção, comecei a me questionar se a minha falta de inspiração se dava por não encontrar coisas interessantes ou se simplesmente o meu estado de humor não me permitia encontrar nada. Após uma hora e meia de constantes chutes e tentativas de compreender melhor a minha vida, escuto da menina: 

Criança: "Papai, não existe essa coisa de brinquedo de menino e brinquedo de menina, né?"
Pai: "Não filha, você pode brincar com o que você quiser"
Criança: "Esses dias na escola eu estava brincando de carrinho com o Fulano, e a Fulana disse que eu não podia brincar de carrinho, porque era brinquedo de menino, mas eu brincar de carrinho não me faz um menino. Eu brinco e gosto de brincar de carrinho porque é legal, e um dia quando eu ficar adulta eu vou dirigir um carro, então não tem problema brincar de carrinho."
Pai: "Isso mesmo filha, as vezes a Fulana não sabe que as crianças podem brincar com o brinquedo que elas quiserem, e que não existe brinquedo de menina e brinquedo de menino, brinquedos são para brincar e pronto."
Criança: "É verdade, o Fulano também brincou com a minha boneca, e foi legal. Os meninos podem brincar de boneca, até porque quem cuida de mim não é só a mamãe né? Você também cuida e isso não te faz menina. Eu posso brincar de carrinho e dirigir um carro quando crescer, e o Fulano pode brincar de boneca ser um papai um dia."
Pai: "É verdade filha."



Logo em seguida o ônibus parou e desci. 
A conversa entre pai e filha não tinha absolutamente nada haver com todas as questões que estavam aflorando na minha cabeça naquele momento. Na verdade se tratava de um assunto completamente oposto, mas muito discutido nas atualidades. Eu fiquei extremamente impressionada em como uma criança pode entender e explicar questões que para muitos são tão complicadas de serem entendidas. 

Feminismo a parte, a criança ao brincar fantasia, imagina, e testa papéis sociais. Uma menina que brinca com sua boneca pode estar fantasiando a si mesma no papel de mãe, tia, irmã mais velha, ou até "representando" uma situação que aconteceu com ela, e assim por diante. O menino que brinca de carrinho pode estar fantasiando que é um piloto de corrida, um motorista, o passageiro, etc etc etc. Ainda hoje há muito preconceito com o brincar, quando o mesmo deveria ser incentivado em todos  os seus âmbitos e das mais diversas formas. 

Quando trabalhava em uma escola observava uma coisa muito interessante e divertida. Toda sexta-feira era dia de brinquedo, as crianças traziam os brinquedos de casa para brincar com seus colegas. 

No primeiro momento, as crianças ficavam com os seus respectivos brinquedos mostrando para os seus amigos, em seguida deixavam esses brinquedos de lados e começavam a brincar com os brinquedos dos seus amigos, e mais tarde misturavam todos os brinquedos e faziam as mais diversas histórias durante a brincadeira. Um lápis virava uma injeção, uma boneca se tornava bebê onde uma criança representava a mãe e a outra o médico, e também tinham as enfermeiras! Enfim, as brincadeiras eram criadas pelas próprias crianças e representavam várias histórias do mundo infantil e adulto. 

O efeito mais engraçado durante estes dias, era que os meninos sempre se dirigiam aos brinquedos das meninas, enquanto as meninas sempre iam brincar com os brinquedos dos meninos, e o que isso significa? Apenas que estão sendo crianças, matando a curiosidade de brinquedos que muitas vezes não estão presentes em suas casas, brincando juntas, aprendendo a desenvolver papéis, dividir, e todas as outras coisas positivas que o brincar. 



Este texto não é um texto feminista muito menos acadêmico sobre o brincar e suas implicações. A minha unica intenção com este texto é relatar um acontecimento que me chamou a atenção de um dia aleatório da minha vida. Além disso, eu queria pedir aos adultos, pais, mães, professores, tios, tias, guardiões, babás, cuidadores, enfim, todos que tem algum contato com crianças, para que deixem suas crianças livres para brincar, deixem que a imaginação tome conta dos seus momentos de brincadeiras, esta atividade é tão importante para sua criatividade e desenvolvimento, vamos deixar nossas crianças serem crianças! 

Meus sinceros parabéns a esse pai, que em toda a viagem conversou com sua filha prestando atenção em cada assunto, doando de verdade o seu tempo e atenção para sua filha, coisa que infelizmente hoje muitos tem dificuldade de fazer. 

15 julho 2015

Resenha: O Diário de Anne Frank - Anne Frank

Boa noite, hoje vim com a resenha de mais um livro. Para escrever esta resenha resolvi fazer algumas pesquisas tendo em vista a importância do Diário de Anne Frank que é considerado um dos livros mais importantes do século XX, que hoje é mundialmente conhecido. Posso dizer que coloquei bastante a minha opinião sobre o livro, mas honestamente este post foi uma verdadeira pesquisa para colocar as datas históricas certas e falar um pouco do Museu. Por isso resolvi dividir as informações em "subcapítulos" e vou recorrer a diversas fontes para me ajudar principalmente com a parte histórica. No final do post colocarei todas as fontes que utilizei (incluindo as imagens).

Quero continuar a viver, mesmo depois de minha morte! E por isso agradeço a Deus esse dom, essa possibilidade de me desenvolver e escrever, de saber expressar tudo o que há em mim". - Anne Frank 
Imagem retirada do Google
Quem foi Anne Frank?
Anne Frank foi uma jovem judia vítima do nazismo, nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, Alemanha. Seus pais eram Otto Frank e Edith Frank e sua irmã mais velha se chamava Margot. 

Em 1933 A família migrou para a Holanda com o intuito de fugir das leis de Hitler conta os judeus, no entanto em maio de 1940 a Holanda foi invadida pelos nazistas, onde se iniciou uma série de "regras" para os judeus como por exemplo, usar uma estrela amarela, não podiam andar de trem, entre outras proibições. Em 9 de julho a família Frank se mudou para um esconderijo que somavam-se 8 judeus, onde permaneceram até 4 de agosto de 1944 quando foram descobertos e levados pela Policia de Segurança Holandesa. 

Anne faleceu em 1945 em um campo de concentração na Alemanha, deixando um diário que mais tarde foi publicado pelo seu pai (único sobrevivente da família), que dedicou o resto de sua vida buscando passar as mensagens do diário de sua filha Anne Frank para o resto do mundo. O diário foi traduzido para diversas línguas e hoje é mundialmente conhecido e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.

Como Surgiu o Diário?
Em seu aniversário de 13 anos (12 de junho de 1942), Anne ganhou um diário de presente e desde então começou a escrever em seu diário sobre o sua vida. Pouco tempo depois no dia 9 de julho daquele mesmo ano a família de Anne se muda para um esconderijo o motivo principal para a mudança foi uma notificação que Margot recebeu a obrigando realizar trabalho forçado. O esconderijo, descrito por Anne como "O Anexo Secreto" ficava no prédio do escritório de seu pai (Otto Frank), também recebeu outras pessoas além da família Frank como a família Van Daan, e mais tarde o dentista Sr. Dussel, somando-se 8 pessoas. 

O conteúdo do Diário de Anne Frank (RESENHA)
Anne coloca o diário como sua melhor amiga, sua maior confidente, e a chama de Kitty, então todos os escritos acompanham inicialmente por "Querida Kitty". Podemos dizer que no inicio quando possuía 13 anos, Anne narra sobre suas aventuras, se descreve como uma menina ativa, tegarela, e uma boa aluna, no entanto já menciona problemas em relação a sua mãe que se seguem em todo o seu diário. Anne descreve sua mãe como uma pessoa a quem não possui nada em comum. 

Imagem retirada do Google
Com a mudança para o anexo, Anne passa a escrever em seu diário com mais afinco sobre os conflitos em que ela, seus parentes e as pessoas com quem divide o anexo, passaram durante a guerra. Acima de tudo também colocou no papel como se sentia sendo uma adolescente escondida, suas angustias, sobrevivendo ingerindo comida armazenada, sempre dependendo da ajuda de amigos e pessoas que não foram corrompidas pelo nazismo, e ainda, escreve principalmente sobre sua esperança. Descreve diversas vezes sobre os bombardeios, o medo de o anexo secreto ser descoberto, os desentendimentos entre as pessoas, politica, humor dos moradores do anexo, romance, as regras do esconderijo, como por exemplo não fazer barulho ou usar água corrente das oito da manhã as oi da noite, o armazenamento de comida (racionamento), alimentação, a divisão de trabalho dos moradores do anexo, entre outros.

Vejo o mundo a ser lentamente transformado num deserto (...), sinto o sofrimento de milhões de pessoas. E contudo, quando ergo os olhos para o céu, tenho a sensação de que tudo vai mudar para melhor, de que esta crueldade acabará também, de que a paz e a tranquilidade regressarão novamente. 
- Anne Frank

No diário, fica claro o quanto cada noticia vinda de fora interferia no humor das pessoas do anexo, o quanto gostaria de sentir o calor do sol em seu rosto novamente, o vendo e observar as folhas das árvores. Sente que após ficar escondida passa a valorizar mais a natureza e que para se sentir bem basta sentir sua presença (natureza), coisa que a mesma descreve não valorizar antes de ir para o anexo. 

Imagem retirada do Google
Para o leitor a evolução de Anne fica nítida, onde seus sentimentos são passados com extrema riqueza por uma menina que está presa dentro de um prédio passado por dificuldades de dividir o espaço com outras pessoas as quais não podia simplesmente dar as costas, onde não possuía um tempo para si (um tempo sozinha) para organizar seus pensamentos. Anne descreve seu primeiro amor que cresce a partir e uma amizade e do sentimento em comum de solidão e incompreensão, acompanhado de seu primeiro beijo. 

Anne era uma adolescente comum, que chorava, ria, que possuía sonhos, rebeldia, e planos para sua visa após a guerra. No anexo se descobriu e se enxergou como uma mulher, guerreira e forte que possuía diversas "máscaras". O que interferiu na adolescência de Anne que deveria ser comum foi sua experiência durante a guerra e a sua inteligência que apurou muito durante o período em que ficou escondida por conta de seus estudos e interesses. A esperança de voltar para a escola era sempre mencionada com um ar de esperança e ansiedade. Anne não escrevia apenas em seu diário mas também algumas histórias.

Enquanto ainda há disto, pensei, um sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no meio da natureza, simples e bela. Enquanto assim for - e julgo que será sempre assim - sei que há uma consolação para todas as dores e em todas as circunstâncias. Creio que a natureza alivia os sofrimentos.
- Anne Frank

O que aconteceu com Anne Frank?
Imagem retirada do Google
Em 4 de agosto de 1944 o anexo secreto foi invadido por um sargento da SS e por mais pelo menos 3 membros holandeses da Polícia de Segurança, todos armados e uniformizados. Os 8 membros do anexo foram levadas para a prisão em Amsterdã, e mais tarde à Westerbork onde foram triados para outros campos de concentração de judeus. Anne foi transportada para Auschwitz juntamente com sua irmã, e depois foram levadas a Bergen-Bergen. Foi neste campo de concentração que Anne (com apenas 15 anos) e Margot morreram, ambas em decorrência de uma epidemia de tifo por conta das péssimas condições de higiene. O único sobrevivente do anexo, como dito anteriormente, foi seu pai Otto Frank que publicou o diário da filha em 1947 com o nome de "O Diário de Anne Frank". Atualmente o local que serviu de esconderijo para as oito pessoas é um museu. 

Museu Anne Frank e o Anexo Secreto
Como dito anteriormente o Anexo Secreto hoje é um museu que foi fundado dia 3 de maio de 1957. Otto Frank (pai de Anne) e outros colaboradores criaram o "Instituto Anne Frank" com o intuito de salvar o prédio da demolição. Otto considera o projeto como uma forma de fortalecimento do contato de jovens de culturas, religiões e raças diferentes.


 Em seu diário Anne explica que o esconderijo se localiza no prédio do escritório do seu pai, onde no térreo se encontrava um grande armazém que era usado como sala de trabalho e depósito. Ela segue descrevendo as entradas do prédio e os escritórios. Sobre o Anexo menciona que se encontra no terceiro andar atrás de uma porta cinza que ficava escondida atrás de uma estande que estava sempre fechada, atrás da estante e da porta se encontrava uma escada íngreme. Os trabalhadores do escritório sabiam do esconderijo e ajudavam as pessoas dando comida, presentes, noticias sobre o mundo, entre outras coisas. Todas as pessoas que ajudam as pessoas do esconderijo são mencionadas no Diário de Anne Frank com muito carinho e gratidão pelo que fazem por eles. 


Imagem de Bibliotecas Pelo Mundo
A esquerda  se encontra a sala de estar e quarto da família Frank e ao lado um quarto menor que servia de sala de estudos para Anne e Margot. Á direita da escada fica um banheiro sem janelas com uma pia, e a porta ao lado ao quarto de Anne e Margot (este quarto acaba sendo dividido por Anne e Dr. Dussel)quando o mesmo se junta ao anexo)

Imagem retirada do Google
A porta do alto da escada da para um ambiente grande e claro onde tem um fogão e uma pia, este ambiente era a cozinha e o quarto da família Van Daan e uma sala de estar, jantar e de estudos de uso de todas as pessoas escondidas. 

Quando li o diário fiquei bem confusa quanto a descrição dos cômodos e para a descrição dos mesmo aqui no blog utilizei o diário então talvez eu não tenha conseguido passar como ele realmente é, por isso pesquisei algumas imagens na internet para tentar ajudar na visualização do prédio, no livro possui algumas imagens mas são da parte externas, acho que poderiam ter acrescentado algo parecido para facilitar a construção mental do local na mente do leitor.  Se vocês puderem ampliar a imagem tem legendas sobre quem ficava em cada quarto.

Por hoje é só, e obrigada a você que se está lendo isso é porque me acompanhou durante este longo post, não é mesmo? Gostaria de finalizar dizendo que realmente recomendo muito este livro, vale muito a pena ler! Mas sinto que devo avisar que se o seu interesse é saber de questões políticas e de detalhes mais relacionados a segunda guerra mundial propriamente dita, talvez este diário não seja a melhor escolha para começar. Anne descreve a guerra, mas acima de tudo descreve sua vida no Anexo Secreto, não fala de detalhes de Hitler ou dos acontecimentos externos propriamente dito os comentários que ela faz disso são breves e resumidos. Quem se interessar mais pela história não deixem de conferir o livro e os links citados abaixo, todos me ajudaram muito com o post. 

Para ser franca, não consigo imaginar como alguém poderia dizer "Eu sou fraco" e continuar assim. Se você sabe isso a seu respeito, porque não luta contra, porque não desenvolve o caráter?
- Anne Frank


Fontes:
FRANK, Anne. O Diário de Anne Frank. 1929-1945. Tradução: Alves Calado. 45º edição. Rio de Janeiro: Record, 2014
http://www.annefrank.ch/
https://bibliotecaspelomundo.wordpress.com/tag/anne-frank/
http://www.e-biografias.net/anne_frank/
http://pt.slideshare.net/guileone1/o-dirio-de-anne-frank-39327152
http://www.remenor.com.br/?p=115

10 julho 2015

Resenha do Filme: Cidades de Papel

Boa noite! 
Como dito no post anterior esta semana foi a estréia de mais um filme baseado em um dos livros do John Green, assisti o mesmo na estréia (ontem) e apesar de querer assistir novamente decidi escrever uma breve resenha aqui no blog para quem está interessado em conferir como ficou o resultado final nos cinemas. Provavelmente este é um post que sofrerá algumas alterações com o tempo quando eu assistir o filme novamente, e só para não dizerem que eu não avisei, ESTE POST CONTÉM SPOILERS DO LIVRO E DO FILME. Como o post tem spoilers, já vou colocar aqui em cima que vale muito a pena conferir o filme, este é o meu livro favorito do John Green e a principio fiquei receosa com a noticia sobre adaptação para o cinema, mas o filme me agradou bastante (irei comentar melhor sobre isso durante o post).
Para quem quiser conferir a resenha do livro Cidades de Papel é só clicar AQUI



Cidades de Papel é um filme centrado em Q. que considera que todos nós temos um tipo de milagre e que o seu milagre era ser vizinho de Margo, por quem era perdidamente apaixonado. Na infância os jovens era muito próximos e faziam várias coisas juntos, mas conforme foram crescendo acabaram se afastando. Sua vida seguia de acordo com o seu plano, tirar boas notas, entrar em uma faculdade de medicina, casar-se e ter filhos aos 30, resumidamente, erá aquele típico garoto perfeitinho que nunca tinha se arriscado. Seus planos iam bem até que em uma noite Margo aparece em sua janela e o convida para uma jornada de aventuras e vinganças. 

Q. apaixonado por Margo desde a infância sempre quis que ela precisasse dele e que de alguma forma os dois recuperassem a conexão que tinham quando eram crianças, mas para isso teria de se arriscar fazendo todo o tipo de loucura que Margo tivesse planejado. A noite passou e Q. se divertiu como nunca tinha se divertido antes, esperava que sua relação com Margo mudasse depois daquela noite, mas logo em seguida descobre que Margo havia desaparecido, deixando uma série de pistas para Q. decifrar. 

A partir destas pistas Q. chega a conclusão de que Margo gostava tanto de mistérios que acabou se tornando um e acaba entrando em uma busca, mas Q. não estava sozinho, junto a ele estavam seus amigos que embarcaram de cabeça nesta jornada de aventuras. 

A história é narrada por Q., e fica claro durante o filme que a busca para encontrar Margo acaba se tornando uma buscas por quem eles realmente são, sobre amizade, amor, o ultimo ano do colégio, despedidas, divertimento, em fim, acaba por ser um gatilho para a reflexão do que realmente importa e do que realmente precisam para serem felizes e ainda, uma marcante forma de se despedirem antes de irem para a faculdade. 

Assim como o livro eu ri demais assistindo ao filme, ainda mais acrescentando os personagens cantando a primeira abertura de Pokemon, foi engraçado demais. Não posso deixar de comentar que os atores que interpretaram Q., Radar e Ben foram maravilhosos principalmente nos momentos engraçados da história (que não foram poucos). Uma curiosidade interessante é que o ator que interpretou o Q. atuou como o Isaac em "A Culpa é das Estrelas".

Em relação a Margo, acho que muitas pessoas que não leram o livro e apenas verão o filme poderão sentir raiva dela, talvez considerá-la uma pessoa rebelde sem noção. Considero que a mensagem que a personagem quis passar foi passada, no entanto, poderiam explorar um pouco mais de sua personalidade complexa e sua instabilidade emocional que no livro me causou tantas reflexões e identificação com ela. Assim como os outros Q. vê uma Margo que não corresponde a quem ela realmente é, isto a enfurece quando percebe que as pessoas não notam ou entendem a sua complexidade, o que se torna um fator motivador para sua fuga. Margo queria se despir dos papéis sociais, das expectativas dos outros e se encontrar. Ter a oportunidade de se conhecer e ser o que realmente é e quer ser, e não ser o que os outros esperam que ela seja. 

Nem de longe comentarei todas as mudanças do livro para o filme, mas uma mudança que talvez tenha sido inevitável é o fato de que no livro eram 11 missões, enquanto no filme eram apenas 9. Das missões que não apareceram na minha opinião a que fez mais falta foi a do SeaWorld, foi umas das missões mais engraçadas no livro e eu queria tanto ver isso na telona sabe? mas não rolou, tudo bem. Em relação a viagem maluca para Agloe, no livro a namorada do Radar não vai e todos os amigos concordaram em não participar da colação de grau, então não tem todo este estresse para voltar antes do baile que tem no filme.

Sobre a vaca no meio da estrada, no livro foi muito mais engraçado, não houve espera de socorro só apenas um "ataque de panico" de Ben e o choro de Q., quando os nervos se acalmaram a viagem continuou. Também houveram algumas alterações no final, no livro Margo é encontrada irreconhecível, no celeiro abandonado, trata os amigos de maneira grossa fazendo com que ocorram brigas. Para mim isto fez falta no filme já que todas estas discussões ressaltam todas as reflexões que o livro trás a respeito da "menina de papel". O filme possui uma cena de Q. e Margo conversando, acho que isso ajuda a esclarecer um pouco as coisas e amenizar a falta das brigas que ocorrem no final do livro, então fui uma mudança que fez diferença, mas no entanto considero bem adaptado.

O filme retratou muito bem a questão de quem somos e a imagem que as pessoas tem sobre nós, aborda os rótulos que são colocados em nós pela sociedade e o quanto isso pode nos aprisionar em um determinado "papel social" e acabamos por perder ou ignorar quem realmente somos. Também ilustra a coragem que precisamos ter para sair da nossa zona de conforto e ser quem realmente queremos ser (e muitas vezes somos), viver a vida como queremos viver, e não limitar a nossa personalidade e vida ao que os outros esperam de nós ou quem os outros querem que nós sejamos. Como comentado brevemente, houve sim alterações em relação ao livro, cenas que não tinham no livro, cenas cortadas, e assim pro diante, no entanto sabemos que para um filme é necessário algumas adaptações e considero que o filme foi feliz nisso, pois as alterações não comprometeram a história nem a obra original. Sei que sou um pouco suspeita para falar sobre isso porque geralmente, a pesar de ter algumas muitas exceções, eu gosto das adaptações para o cinema, mas neste caso fiquei realmente muito feliz com o resultado e recomento muito para todos tanto o filme como o livro. 

06 julho 2015

Resenha: Will e Will - John Green e David Levithan

Boa noite leitores! 

Estou de volta hoje de Lay novo!
Esta semana irá estrear o filme "Cidades de Papel" no cinema e para comemorar resolvi escrever a resenha de outro livro do nosso amado escritor John Green que neste caso trabalho em parceria com David Levithan. Sendo assim, o livro de hoje é "Will e Will: Um nome um destino".
Li este livro em Janeiro deste ano, no entanto ainda lembro bastante coisa a respeito dele, mas gostaria que quem leu complementasse os comentários a fim de enriquecer a resenha e e claro compartilhassem suas opiniões. 



O livro aborda dois adolescentes que possuem o mesmo nome, Will Grayson. O "primeiro" Will, resumidamente, é heterossexual e possui poucos amigos sendo um deles Tiny Cooper, que é um homossexual extravagante. Já o "segundo" Will é homossexual e possui um humor depressivo (toma medicações para depressão) e é intensamente apaixonado por um garoto que conhece virtualmente, mas que nunca teve contato ou se viram pessoalmente. Em uma noite fria a vida destes jovens se cruzam em um sex shop em Chicago, e assim em meio a uma grande decepção passam a ter mais alguma coisa em comum além do próprio nome, e esta coisa se chama: Tiny Cooper. 

Os capítulos do livro são alternados entre um Will e o outro, e como comecei a ler o livro sem ter tido contato com nenhuma resenha no começo fiquei um pouco confusa, mas logo entendi a intenção dos autores. O primeiro Will foi escrito por John Green e o segundo por David Levithan. Para diferenciar um Will do outro conforme o livro ia se seguindo o Will de David Levithan foi escrito com letras minusculas e pouca pontuação, o que irritou alguns leitores, mas não foi o meu caso. Em relação aos personagens ambos me conquistaram, mas acho que tive uma simpatia maior com o Will de David Levithan provavelmente por conta de ele ter uma personalidade depressiva. 

Em relação ao Tiny Cooper podemos dizer que é um garoto homossexual (como dito antes) que já namorou com muitos garotos, estes relacionamentos não necessariamente duram muito tempo na verdade são bem curtos e causam sofrimento a Tiny até ele arrumar um novo alvo, o que também não demora muito para acontecer. Tiny é fabuloso, e possui a ambição de realizar um musical sobre sua vida e faz tudo para conseguir realizar este sonho da melhor maneira possível. 

O contexto principal do livro não se trata de um romance, mas sim de amizade. O livro não gira em torno dos meninos com os nomes iguais, mas sim de suas relações com Tiny Cooper, o provável único ponto em comum entre os dois personagens além de seus nomes. A história aborda os altos e baixos da vida, cair e levantar, tentativa e erro, luta ou fuga e assim por diante. Os autores conseguiram seguir uma a história de maneira leve, os personagens são bem construídos e engraçados (mesmo o Will depressivo). 

Os leitores compartilham de opiniões bem diferentes em relação a este livro (talvez a todos os livros na verdade) uns amam e outros odeiam. Quando a minha opinião, eu gostei bastante do livro, não considero como um dos melhores do John Green, mas é uma história gostosa e cativante. A linguagem é simples e o trama segue harmoniosamente, não achei cansativo. O que não em agradou muito é que as vezes quando estava lendo o capítulo de um determinado Will e a história começava a empolgar o capítulo acabava e ia para o outro Will e me deixava meio com água na boca de saber mais sobre os acontecimentos, mas nos capítulos posteriores isso era compensado. Acho que o final poderia ser melhor, mas não me desagradou. Recomendo a leitura sim, mas o leitor tem de ter um pouco de mente aberta, pois lidará com depressão, homossexualidade, amizade, decepções, entre outros diversos assuntos. 


29 março 2015

Resenha: Só Você Pode Ouvir (Kimi Ni Shika Kikoenai)

Resenha: Só você pode ouvir 
Nome Original: Kimi Ni Shika Kikoenai

O mangá conta a história de Ryo, uma menina que tem muita dificuldade em se comunicar com os outros principalmente seus colegas de classe que queria muito ter um celular. No entanto, não via muita utilidade em possuir um, pois não tinha com quem conversar. Então, para saciar um pouco seu desejo de alguma forma ela começa a imaginar um celular em sua cabeça com o maior número de detalhes possível, escolhendo cor, toque, formato, etc. Um dia misteriosamente seu celular começa a tocar, e quando ela atende descobre que realmente tem uma pessoa do outro lado da linha!

Desta forma ela conhece Shinya Nozaki, ele basicamente tem os mesmos problemas de Ryo e também inventou um celular imaginário. A principio ambos acham toda a situação algo absurdo e fruto de uma alucinação, mais tarde acabam por estabelecendo uma amizade.


Como vocês podem perceber se acompanharem o meu blog, eu não compro mangás, sempre pego emprestado com uma amiga. Os motivos para isso são vários como financeiros, histórias intermináveis que não param de lançar mais e mais volumes, e assim por diante. O mangá "1 Litros de Lágrimas" foi o meu primeiro mangá, e foi um presente. Este foi o primeiro mangá que eu comprei, o que me chamou atenção foi o desenho, o titulo e principalmente por ser volume único. Gostei tanto da história, comentei tanto dela com todo mundo que acabei ganhando outro do mesmo autor chamado "Feridas" (em breve resenha).

A leitura deste mangá é simplesmente contagiante, ambos os personagens são excluídos e solitários por não terem com quem conversar. Acho que provavelmente por isso que ambos se apegam tão facilmente um no outro, ter alguém para te ouvir quando ninguém mais ouve. Quem já passou por alguma forma de rejeição provavelmente entende um pouco do sentimento destes protagonistas. 

O que me chamou bastante atenção enquanto lia o mangá foi o fato de que na história (ou talvez possa dizer, na época em que a história foi escrita) o celular só possuía a função de ligar e despertador/relógio. Hoje em dia os celulares possuem diversas funções além desta né? Isso faz com que a história se torne ainda mais interessante. No entanto, é importante frisar que o foco da história não é o fato destes dois adolescentes não terem celulares, mas sim a exclusão, se sentir estranho, deslocado, rejeitado,etc. Ao mesmo tempo chama a atenção aos que possui uma vida social boa, tanto no sentido de valorizar as pessoas que estão a nossa volta como em querer ajudar aquelas que possuem maior dificuldades em fazer amizade e assim por diante. 

O final (que prefiro não contar) me tocou e me trouxe diversas reflexões, mais do que imaginei. Foi uma história muito gostosa de ler, a arte linda, e um final tocante e reflexivo. Super recomendo este mangá, com certeza entrou para a minha lista de favoritos. 

19 março 2015

Resenha: Otomental vol 1 e 2 - Mayumi Yokoyama

Resenha do Mangá Otomental A Obsessão de Otome - Mayumi Yokoyama



Boa Noite!
Estou aqui com mais uma resenha de mangá! Quem diria né? Bom este foi mais um mangá que peguei emprestado com uma amiga, ates disso não conhecia a história nem fazia ideia do que se tratava. 

No caso deste mangá vou falar dos dois volumes do mangá em uma unica resenha por considerar mais fácil. Já li outro mangá da Mayumi Yokoyama chamado Bijojuku caso vocês queiram ver a resenha cliquem AQUI

A história fala de Otome Inazuma que muda de escola para começar uma nova vida e procurar o seu primeiro amor. Pouco tempo depois de chegar a escola ela já se depara com o cara mais popular e desejado da escola Toyo também considerado como um líder de uma gangue. O problema é que se trata de apenas uma imagem e a principio trata a Otome como uma qualquer.

Como se tudo isso não fosse o suficiente, Otome também tem um problema com o seu melhor amigo de infância Tokio, que se transfere para a mesma escola que ela. Diferente dela o principal foco dele está em se tornar o líder de uma gangue e dominar a escola, e Toyo como líder da maior gangue da escola se torna seu alvo para realizar este desejo. Para Tokio ele conquista a gangue se derrotar o líder, Toyo. Claro que tudo isto irá envolver várias grandes confusões na história que Otome terá de lidar. 

Primeiramente quero dizer que até que gostei do mangá, no começo achei a história meio tipica demais (não sei explicar porque) mas depois acabei me interessando e me envolvendo na leitura. No final do mangá tive aquela sensação de "sério mesmo?", é então confesso que o final não me agradou muito. 

A partir daqui começaram os SPOILERS!
Bom não precisa ser um gênio para saber que Otome ficaria com Toyo (claro, o mais popular e lindo da escola...) só que achei muito estranho algumas partes do "romance" dos dois. Primeiramente o fato de todo mundo esperar que eles fossem transar na primeira noite que eles passaram juntos. Sei lá sou eu que sou muito careta ou vocês acham realmente estranho alunos do ensino médio começarem a namorar e já irem para a cama? De qualquer forma o sexo não aconteceu, mas o que me incomodou mais foi a intromissão das outras pessoas nesta relação. 

Alguém mais ficou com pena do Tokio? Simplesmente "do nada" ele começa a gostar da melhor amiga, beija ela, demonstra ser super carinhoso e no final ela fica com um cara que trata ela igual um animal de estimação. O pior disso foi que no mangá não houve nenhum tipo de informação depois de como ele ficou, ou se simplesmente aceitou bem o fato. Senti falta disso, no momento em que Tokio se declara para mim foi quando a história ficou interessante e simplesmente isso se desenrolou de uma forma meio pobre. Acho que a história tinha tudo para desenvolver bem mas acabou ficando cortada demais. 
Quanto as reflexões, acho que a principal que me causou se refere a aparência ou a imagem que queremos passar para as pessoas. Toyo tinha uma imagem que não correspondia ao que ele realmente era e ele sustentou isso por muito tempo, acabou que mais tarde ele se sentiu mal em "ser uma farsa" e abandonou esta imagem. Otome não queria que descobrissem que ela morava em um lugar mais distante nem que era amiga de Tokio, tudo para manter uma boa imagem e arrumar um grande amor. No final ela acabou tendo que esquecer esta imagem pois Tokio entrou em confusão e ela não podia abandonar seu amigo. E por fim Tokio que diferentemente dos outros não mantinha uma imagem mas procurava construir uma acabou se dando conta de seus sentimentos e toda a questão da imagem, temporariamente, ficou de lado. No fim, será que a imagem que passamos é tão importante assim ao ponto de esconder quem realmente somos por trás dela? Bom a resposta fica a critério de cada um...

Bom é isso por hoje. Recomendo o mangá principalmente para que gosta de uma história mais tranquila de escola, romance meeeesmo acho que não tem porque tudo se desenrolou muito rápido e tudo mais. 

18 março 2015

Resenha: Spicy Pink vol. 1 e 2 - Wataru Yoshizumi (Mangá)

Resenha do mangá Spicy Pink volume 1 e 2



Oi pessoal, como vocês estão? Depois de muito tempo resolvi postar para dar uma distraída, pelo desculpas pelo meu sumiço mas devo avisar vocês que de agora em diante as atualizações serão mais assim, de vez em quando.

Então vamos lá, conheci este mangá por meio de uma amiga que me emprestou já a muitos anos atrás e acabei lendo só agora (e preciso devolver para ela kkkk), fazia muito tempo que eu não tinham contato com um mangá e então peguei este por ser uma história bem animada e simples, para relaxar e distrair um pouco a cabeça dos meus problemas, e de fato ele ajudou! Acabou que estou interessada em conhecer novos mangás, não apenas por este em particular mas porque consegui sair um pouco da realidade, resumidamente, ele alcançou o objetivo que eu tinha ao começar a ler, e isso foi simplesmente maravilhoso!

Spicy Pink Volume 1

Bom a história se trata se uma desenhista de mangá  de 26 anos chamada Sakura. Apesar de ter bastante trabalho a protagonista se encontrava em um período de bloqueio criativo. Sua amiga insiste que a causa deste bloquei é a pouca experiência social. Por insistência desta amiga Sakura vai à um encontro e conhece Koreeda, um atraente cirurgião plástico no entanto com um jeito um pouco rude e inconveniente. 
Sakura teve deste homem ela resolve dar uma chance para ele e, assim, os personagens começam a se conhecer melhor. 

Realmente achei estranho a forma como estes dois desenvolvem seu relacionamento durante a história, foi tudo muito aleatório e realmente do nada, mas no final acabei achando interessante principalmente quando a história mostrou os ganhos secundários de ambos em assumir um relacionamento desta forma. 

O que eu mais gostei da história é que não se tratou daqueles mangás onde a história acontece no ensino médio e blablabla de sempre. Gostei do fato de os personagens trabalharem e terem uma rotina apertada, apesar do humor e de algumas cenas "tipicas" o mangá possui uma história de dois adultos e com certeza isto pra mim foi um fator positivo (estou meia enjoada de histórias que acontecem na escola e todo aquele blablabla).

Spicy Pink Volume 2

Nesta segunda parte da história a relação de Sakura e Koreeda está se tornando cada vez mais séria, mas o surgimento da  ex de Koreeda deixa tudo confuso para os personagens, ninguém sabe ao certo o que ela quer ou o que aconteceu para ela voltar daquele jeito. 
Primeiramente, fiquei com muita raiva da ex do Koreeda pela forma que ela trata e se refere a Sakura, como se fosse errado uma pessoa ser trabalhadora e simples. Apesar do que se revela no decorrer da história achei muito sem noção da parte dela em querer simplesmente se jogar nos braços de Koreeda para solucionar seus problemas pessoais.

Também fiquei meio brava com a postura de Sakura de aceitar todos os absurdos que a ex falou dela e tudo mais. Acho que a revolta partiu dessas cenas, mas para ser sincera eu não esperava atitudes diferentes dos personagens (talvez apenas em relação a arrogância da ex). Mesmo assim foi uma leitura gostosa que me agradou muito, gostaria de conhecer outras obras da autora. 

Pra finalizar, crítica geral...

Bom pra finalizar acho que cabe dizer que recomendo este mangá e que seria bem interessante se fosse uma série mais longa, gostei muito dos personagens e da história mas tudo ocorreu de forma muito rápida e cortada, talvez em uma série mais longa isso seria diferente. Ao mesmo tempo, me conheço bem e evito mangás que possuem muitos volumes (principalmente por rezões financeiras). Também gostaria de mais indicações de mangás curtos com o mesmo estilo, talvez um pouco mais sério, quem sabe mais pra frente eu não trago as resenhas de alguns não é mesmo?Abraços!