28 junho 2014

Cidades de Papel - John Green

Resenha do Livro Cidades de Papel - John Green



Bom o que eu posso dizer? Acho que os livros do John Green tem sido muito comentado ultimamente e como tenho lido bastante e curtido muito resolvi fazer mais um post sobre outro livro dele que li no começo deste ano. Devo confessar uma coisa, me apaixonei mais por este livro do que o "A Culpa é das Estrelas". Claro, para ler um livro é preciso dar uma desprendida do outro, e isso é um fato caso contrário você não consegue se envolver tanto com os personagens e a nova estória mas este livro simplesmente me prendeu e conquistou um lugar especial!

A história fala sobre Quentin Jacobsen que era amigo e vizinho de Margo Roth Spiegelman desde a infância, para Q. o fato de eles serem vizinhos soava como um milagre em sua vida. No ensino médio eles acabaram se afastando, Q. falava com os nerds enquanto Margo era uma das garotas populares. 
Em uma noite algumas semanas antes da formatura, Margo entra no quarto de Q. e o convida para uma aventura onde eles pregam uma peça em vários colegas dos quais Margo queria se vingar. Após esta aventura eles se despedem e Margo simplesmente some. 
Apesar de Margo já ter feito coisas parecidas com esta várias vezes Q. sente que desta vez é diferente, ele acredita que ela deixou pistas para que ele a encontre, e movido por este pensamento começa a juntar pistas e a investigar com os seus amigos. 

Considero este como o melhor livro do John Green que eu tive contato até o momento (sim, melhor que o famoso "A Culpa é das Estrelas"). Li o livro extremamente rápido e com certeza pretendo ler de novo, e quando fizer isso provavelmente vou ter muito mais a acrescentar neste post, e talvez eu acrescente mesmo. Ler a viajem que Q. e seus amigos realizaram para encontrar Margo me deixou com uma vontade incontrolável de viver a minha vida, de fazer loucuras e ter histórias para contar. Podemos dizer que o livro é quase completamente divertido, é divertido as loucuras que Q. passa com Margo e ainda mais divertido as loucuras que ele e seus amigos passam para encontrá-la. 

Já li algumas criticas a respeito do livro sobre ficar cansativo e monótono depois do "sumiço" de Margo, já outros acham que o livro "esquentou" depois de seu sumiço, mas eu discordo. Achei o livro todo interessante e muito gostoso de ler, nenhum momento tive a impressão da história "esfriar" para mim só ia ficando mais e mais interessante. 

Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o que, mas dá para ver o que este ligar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. é uma Cidade de Papel. Quer dizer olhe só para ela Q: olhe para todas aquelas ruas que dão a volta em si mesmas, todas aquelas casas construídas para virem abaixo. Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casas de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas. Todas as crianças de papel bebendo a cerveja que algum vagabundo comprou para elas na loja de papel da esquina. Todas as coisas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também.  

Quando ao final, não quero dar nenhum tipo de spoiler para quem não seu, apesar de alguns leitores terem algumas considerações de um possível final diferente eu acho que o final foi bom e perfeito do jeito que foi, provavelmente não mudaria nada, pois ele completou e finalizou quem é Margo e provavelmente muito de nós, um mistério, que será desvendado principalmente por nós mesmos. Não é a toa que me identifiquei muito com a personagem. Por enquanto é isso mas acho que podem aguardar diversas alterações neste post com o passar do tempo...

O livro é simplesmente apaixonante, assim como todos do Green que eu li até hoje! Os personagens tanto secundários como os principais simplesmente são extremamente divertidos e inteligentes, isto é uma das coisas que eu gosto tanto nos livros do Green, a riqueza dos personagens. Trouxe reflexões diversas sobre tantas coisas, o próprio conceito "Cidades de Papel" para mim já foi o inicio de muitas reflexões. Vou deixar o resto a critério da sua leitura e da suas reflexões.